sábado, 3 de julho de 2010

Municípios do Rio de Janeiro participam da Pesquisa Nacional de Vitimização

Onze cidades do Rio de Janeiro foram escolhidas para participarem da 1ª Pesquisa Nacional de Vitimização, lançada na última quinta-feira (1º) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça, em parceria com o PNUD. É a primeira vez que o Governo Federal ouve a população sobre condições de vida, os fatores de risco e as percepções de segurança.Serão pesquisados os municípios do Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Bom Jesus do Itabapoana, Cabo Frio, Japeri, Macaé, Resende, Rio das Ostras, Santo Antônio de Pádua, São Gonçalo e Teresópolis. Campos dos Goytacazes está fora dessa pesquisa.
Os resultados do levantamento permitirão subsidiar políticas públicas voltadas para a melhoria das condições de convivência e segurança pública da sociedade brasileira.
No questionário será perguntado se foram ou não vítimas de algum tipo de crime e qual o impacto dessa violência em suas vidas. Essas informações poderão revelar de forma mais precisa a incidência de crimes por áreas e tipos de pessoas mais expostas à violência.
Os pesquisadores do Instituto Datafolha já começaram a coleta de dados em 300 municípios com mais de 15 mil habitantes. Serão sete meses de trabalho para ouvir 70 mil pessoas sobre temas como notificação de crimes e atendimento dos órgãos de segurança. A previsão é que os primeiros resultados sejam divulgados em fevereiro de 2011.A iniciativa também deve mensurar o crime e a violência, investigar as razões da existência da subnotificação de crimes e conhecer os riscos de vitimização em diferentes grupos sociais. As informações deverão revelar o medo do crime e sua relação com possibilidades concretas de vitimização, a experiência do crime do ponto de vista das vítimas além da avaliação das instituições do sistema de segurança pública.
O secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, explicou que as ocorrências policiais não mostram um retrato real de cada tipo de crime já que a maioria das vítimas não registra queixa, dificultando a implementação de políticas públicas mais precisas. “Estudos internacionais revelam que as pesquisas de vitimização apresentam números até 18 vezes maiores do que os registros em boletins de ocorrências. Não podíamos sentar nos fóruns internacionais e comparar números porque não tínhamos dados nacionais. Essa pesquisa vai coroar uma nova maneira de fazer segurança pública baseada no conhecimento científico”, disse.
Balestreri também ressaltou que as informações sobre vitimização permitirão definir ações específicas para garantir a segurança de grupos vulneráveis como homossexuais, jovens, idosos e mulheres.A pesquisa será realizada pelo Datafolha, que conta com a consultoria do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (CRISP).

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