O Brasil é o país que mais recolhe embalagens de agrotóxicos no mundo. Dados do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEV), entidade financiada pelas indústrias do setor, apontam que 24,4 mil toneladas de embalagens desse tipo foram recolhidas em 2008. Isso significa que 94% das embalagens vendidas são devolvidas para receber tratamento adequado. Número 17,6% superior ao registrado no mesmo período de 2008.
Fuji explica que nos Estados Unidos apenas 20% das embalagens são recolhidas. No Japão esse índice é de 50%, enquanto na França é de 74%. No Canadá, 73% das embalagens são recolhidas e na Alemanha, 78%.Os especialistas da área creditam a legislação e a conscientização dos agricultores como os principais motivos do destaque brasileiro, comparado a outros países.
Ao comprar agrotóxicos nas revendedoras os agricultores são imediatamente informados sobre como fazer a devolução das embalagens vazias. “Essas revendas têm a obrigação de colocar, na nota, os postos e as centrais de recebimento. São cerca de 399 unidades espalhadas por todo o país”, disse Fuji.
Os agricultores também têm suas responsabilidades. “Além de entregar a embalagem no prazo de até um ano após a compra, os agricultores são responsáveis por lavá-las e inutilizá-las, com um furo, após o uso. Eles precisam ter, também, um lugar específico e seguro para o acondicionamento, longe de alimentos, animais e pessoas”, disse Fuji.
Depois de recolhidas e tratadas, as embalagens de agrotóxicos – geralmente feitas de polietileno de alta densidade – seguem para empresas de reciclagem.
“É importante ressaltar que apenas as empresas licenciadas pelos órgãos de meio ambiente estaduais podem receber esses materiais para evitar que eles sejam utilizados para a fabricação de utensílios domésticos, como os que armazenam alimentos”, adverte Caldas.
Para obter mais informações sobre como são os procedimentos para a devolução de embalagens de agrotóxicos os interessados devem procurar as revendas do produto em seu estado ou os órgãos de fiscalização, em geral secretarias de agricultura ou agências estaduais.
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