quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Petroleiros vão parar amanhã

Em campanha salarial, os petroleiros estão em estado de greve e irão parar por oito horas, desta sexta-feira (03), cobrando da Petrobrás avanços no processo de negociação. A paralisação terá início no turno da manhã nas plataformas, refinarias, terminais de distribuição de produtos e campos terrestres de produção. Durante oito horas, não haverá substituição de trabalhadores nos turnos destas unidades. Os trabalhadores administrativos também irão parar suas atividades na sexta-feira, tanto nas áreas operacionais, quanto nos escritórios da Petrobrás e da Transpetro.
A paralisação foi aprovada pela categoria em todas as bases sindicais representadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP/CUT): São Paulo (SP), Mauá (SP), Campinas (SP), Norte Fluminense (RJ), Duque de Caxias (RJ), Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Manaus (AM) e Coari (AM).
Além do estado de greve e da paralisação do dia 03, os trabalhadores do Sistema Petrobrás aprovaram nas assembléias um calendário de luta que conta também com operações de segurança nas unidades operacionais e mobilizações em defesa dos direitos dos trabalhadores terceirizados. As assembléias foram concluídas esta semana em todas as bases da FUP, com ampla aprovação dos indicativos.
A Petrobras insiste em discriminar seus trabalhadores com uma proposta econômica que não atende as reivindicações da categoria e ainda privilegia os salários mais altos em detrimento dos que recebem menos. Além disso, a empresa não avançou em relação às cobranças dos petroleiros sobre condições de trabalho e segurança, principalmente, no que diz respeito aos terceirizados.
Os petroleiros reivindicam reposição da inflação do período (setembro de 2009 a agosto de 2010) pelo ICV/Dieese (estimativa de 5%); ganho real e produtividade (10%); melhorias no programa Jovem Universitário (reembolso de parte das mensalidades dos trabalhadores matriculados em faculdades particulares); proteção dos direitos trabalhistas dos terceirizados; fórum nacional para debater com os gestores da Petrobrás mudanças estruturais na área de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança).

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