terça-feira, 11 de maio de 2010

Presidente Lula diz que não tem condições de dá aumento de salário ao servidor federal este ano

O governo mandou um recado a todo o funcionalismo de que não concederá reajuste salarial este ano e que pretende cortar o ponto daqueles que insistirem em fazer graves consideradas ilegais pela Justiça. O aviso foi dado ontem (10) pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, presidentes e diretores de autarquias e de outros órgãos públicos.
De acordo com Paulo Bernardo, a reunião foi convocada por Lula para “alinhar” a posição do governo em torno de eventuais reivindicações salariais dos servidores. “Passamos uma orientação de que não tem previsão de reajuste salariais para 2010. Não tem no Orçamento e não temos condição de colocar”, afirmou o ministro. A preocupação, segundo Bernardo, é não deixar dívida para o próximo governo e não colocar em dúvida a estabilidade econômica alcançada pelo país.
“Não vamos permitir nenhuma irresponsabilidade, particularmente na reta final [de mandato]. Ele [Lula] não quer deixar para o próximo governo uma grande monta. Não ganhamos nada se fizermos irresponsabilidade e não vamos jogar a credibilidade que adquirimos em termos fiscais”, disse Bernardo. O ministro acrescentou que a reunião foi realizada também para que todos os ministros, presidentes de estatais e de empresas públicas, além de diretores de autarquias e de outros órgãos federais, deixem claro para os servidores a posição do governo de que não há possibilidade de conceder novos reajustes este ano.
Conforme Paulo Bernardo, em alguns casos, ministros e outros dirigentes se comprometiam com as reivindicações dos servidores, o que dificultava o diálogo com as categorias. “A reunião serviu para passar o recado e alinhar o governo com essa política. Isso facilita o diálogo com os trabalhadores”, acrescentou. “Ainda temos que pagar em julho aquilo que foi votado anteriormente, e o presidente fez uma recomendação muito firme de que nenhum dirigente e nenhum membro do governo assuma as reivindicações dos trabalhadores”, explicou Bernardo.

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