Depois de 13 dias em greve, os bancários decidiram aceitar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), que ofereceu 7,5% de reajuste e retornam ao trabalho ainda hoje. Em Campos, os bancários se reuniram às 8h30 em assembléia, na sede do Sindicato dos Bancários e decidiram pelo fim da greve. Participaram da reunião 205 bancários, sendo que 193 votaram a favor da proposta, 12 votaram contra havendo ainda uma abstenção, destacou o presidente Rafanele Alves Pereira.
“Foi a maior greve da categoria nos últimos 20 anos, já que nesta paralisação houve o maior fechamento de agências e postos de atendimentos em todo o país. Em razão deste fato os banqueiros apresentaram a proposta final que na avaliação das lideranças sindicais contemplam a maior parte das reivindicações apresentadas”, avaliou o presidente Rafanele Pereira.
A Fenaban ofereceu reajuste de 7,5% para quem ganha até R$ 5.250 o equivalente a um aumento real (descontada a inflação dos últimos 12 meses) de 3,08%. Para os salários superiores a R$ 5.250, a proposta prevê um aumento fixo de R$ 393,75 ou correção de 4,29% - o que for maior. A nova proposta também reajusta o piso de escriturários e caixas (de R$ 1.074,46 para R$ 1.250, reajuste de 16,33%). Já a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que tem regra básica de 90% do salário, mais adicional, terá 14,28% de aumento no adicional, com teto ampliado de R$ 2.100 para R$ 2.400, destacou Rafanele que disse ainda que a o acordo do Comando nacional dos Bancários com a Fenaban foi o melhor dos últimos 15 anos.
Com data-base em 1º de setembro e em greve desde o último dia 29, os cerca de 470 mil bancários do país apresentaram inicialmente pedido de reajuste salarial de 11%. A primeira contraproposta da Fenaban, apresentada no sábado passado, previa aumento de 6,5% para salários até R$ 4.100. Foi recusada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-Rio) por ser "insuficiente" - pelas contas da entidade, trabalhadores com salários acima de R$ 6.200 não conseguiriam repor a inflação dos últimos 12 meses. A segunda oferta foi apresentada na última segunda-feira.
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