O jornalista e ex-deputado federal Márcio Moreira Alves, de 72 anos, que morreu ontem(03/04), de falência múltipla dos órgãos, no Hospital Samaritano, no Rio, será velado no Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, a partir das 9h deste sábado (04/04). O corpo deixará o Palácio às 14h, para o Cemitério do Caju, onde será cremado. Ele estava internado há cinco meses por causa de sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Marcito, como era conhecido pelos amigos e parentes, nasceu no Rio de Janeiro, em 1936. Começou a trabalhar como jornalista aos 17 anos, no Correio da Manhã, onde também foi correspondente de guerra, tendo realizado a cobertura do conflito anglo-egípcio resultante da nacionalização do Canal de Suez, em 1956. Ganhou o prêmio Esso aos 22 anos, pela cobertura do tiroteio na Assembléia Legislativa de Alagoas durante a votação do impeachment do governador Munhoz Falcão, no qual foi ferido por uma bala perdida dentro da Assembléia.
Em 1966, elegeu-se deputado federal pelo Estado da Guanabara. Seu discurso no Congresso Nacional, em 2 de setembro de 1968, conclamando o povo a "boicotar o militarismo" devido à invasão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pelos militares, teria servido de pretexto para o presidente Costa e Silva decretar o Ato Institucional nº 5 (AI-5) e fechar o Congresso Nacional e outros órgãos legislativos.
Foi preso político, cassado, e esteve exilado em diversos países, dentre os quais Chile, Argentina, Peru, México, Estados Unidos, França e Cuba. Voltou ao Brasil em 1979, por conta da Lei da Anistia, e tentou outras vezes se eleger a uma vaga no Congresso, sem sucesso.
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