De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado hoje, dia 07, mostra que ocorreu nos últimos anos no país uma concentração grande no setor bancário. O número de bancos caiu de 230 em 1996, para 156 em 2007. Ao mesmo tempo, houve uma queda muito grande no número de bancos públicos que passaram de 32 para 13 neste mesmo período.Segundo o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, essa concentração impede que haja competição no setor e não permite a dedução nas taxas de juros e spreds cobradas do cliente final. Uma comparação feita entre a taxa anual real de juros total cobrada de bancos no Brasil e na sua matriz evidencia essa questão.
Uma pessoa que for pegar empréstimo pessoal no HSBC, no Reino Unido, pagaria de juros reais por ano de 6,6%, enquanto que no Brasil a taxa é de 63,42%. No banco Santander a diferença também é grande. Na Espanha, a taxa anual real para empréstimos pessoais é de 10,81% ao ano, enquanto que no Brasil é de 55,74%. E comparativamente no Itaú seria de 63,25% ano, enquanto que no Banco do Brasil é de 25,05%. Para ele, a solução seria aumentar a competição por meio do aumento da presença de bancos públicos.
A pesquisa também mostrou que, além da concentração bancária, houve redução da presença física dos bancos no país. Em 1985, havia 7.432 habitantes por agência bancária, esse número subiu para 10.145. Essa comparação é ainda maior por região, no Norte são 20.766 por agência, no Nordeste 19.829; enquanto que no Sudeste a relação é de 7.937 habitantes por agência bancária.
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