quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Tráfico de animais movimenta R$ 39 bilhões por ano no mundo, diz ONG

Relatório divulgado hoje (12) pela organização não governamental WWF aponta que o comércio ilegal de animais selvagens representa cerca de US$ 19 bilhões anuais (cerca de R$ 39 bilhões), dinheiro que fortalece redes criminosas, compromete a segurança de países e ameaça a saúde da população. Além disso, segundo a ONG, a prática acelera a extinção de espécies. Cinco espécies brasileiras de animais estão entre as cem mais ameaçadas de extinção no planeta, de acordo com uma lista publicada ontem (11) pela Sociedade Zoológica de Londres. As espécies brasileiras citadas no livro "Valiosos ou Sem Valor" (numa tradução livre), lançado no Congresso Mundial da Natureza, na Coreia do Sul, incluem o macaco muriqui-do-norte (Brachyteles Hypoxanthus), o pássaro soldadinho-do-Araripe (Antilophia bokermanni), duas borboletas (Actinote zikani e Parides burchellanu) e uma espécie de preá (Cavia intermedi). Segundo o documento apresentado em encontro com embaixadores realizado na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o comércio ilegal de animais selvagens ocupa a quarta posição no ranking de transações ilegais, que inclui ainda a falsificação de produtos e o tráfico de seres humanos. Para o WWF, os lucros obtidos pelo tráfico de animais selvagens são “utilizados para comprar armas e financiar conflitos civis”. O documento aponta ainda que o dinheiro proveniente da prática criminosa ajuda a financiar células terroristas em países africanos instáveis, ameaçando a segurança nacional. Ainda segundo a ONG, rotas utilizadas para o transporte de animais são aproveitadas por outros comércios ilegais, como o tráfico de drogas.

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