quinta-feira, 29 de março de 2012

Ministério Público do Rio de Janeiro fecha o cerco em Conceição de Macabu e manda prender delegado, policiais civis , advogado e um guarda municipal

A Corregedoria Interna da Polícia Civil (COINPOL) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram, hoje (29/03), a Operação Macabu, com o objetivo de cumprir seis mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da Vara Única de Conceição de Macabu contra um Delegado e três Inspetores de Polícia Civil, além de um advogado e um Guarda Municipal do Município de Carapebus, no Norte Fluminense. O bando é acusado de extorsões mediante sequestro, formação de quadrilha armada, roubo, extorsões e usurpação de função pública na forma qualificada. Todos os denunciados foram presos ainda no início da manhã.
De acordo com as investigações da COINPOL e do GAECO, os denunciados montaram um esquema de arrecadação de vantagens ilícitas na 122ª Delegacia de Polícia Civil, em Conceição de Macabu, Norte do Estado do Rio. A quadrilha, segundo denúncia do GAECO, simulava a existência de ilícitos, privando da liberdade o suposto criminoso e levando-o até o interior da delegacia. “Para, a partir de então, sempre com muita violência e gravíssimas ameaças, passar a exigir dos familiares da pessoa ilegalmente acautelada e da própria vítima altas somas de dinheiro, com a falsa promessa de deixar de lavrar o ilegal auto de prisão em flagrante e, em consequência, liberá-la”, descreve texto da denúncia. A organização criminosa era liderada por Roldenyr Alvez Cravo, Delegado titular da 122ª DP à época dos delitos, segundo a denúncia. A quadrilha começou a ser constituída, de acordo com o GAECO, quando o Roldenyr assumiu a titularidade da DP de Conceição de Macabu, em meados do mês de julho de 2011, trazendo com ele sua equipe de confiança, os inspetores de Polícia Civil Dennes Garcia Moreno Júnior, Marcos Vinícius Lopes e Claudio José de Faria, todos denunciados. As informações são da Assessoria de Comunicação Social do Ministério Público do Rio de Janeiro.

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